Secopa prevê que gastos para manutenção da área sejam de R$ 22 milhões
A exploração do Complexo da Arena Multiuso pode render R$ 35 milhões por ano à iniciativa privada, conforme estudo feito pela Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa), que prevê que a concessão seja válida pelo período de 30 anos.
A projeção aponta que a Arena tem capacidade para uma receita anual de R$ 25 milhões, enquanto o Ginásio Aecim Tocantins deve render R$1,6 milhão ao gestor que assumir o complexo.
Já os serviços de estacionamento e a área gastronômica devem render R$7,5 milhões e R$ 760 mil por ano, respectivamente.
O estudo considera como fontes de receita a locação dos espaços para jogos com a participação do concessionário nos ganhos da bilheteria, a exploração das áreas VIP’s com ganhos nos camarotes e assentos prêmios, além da exploração das lanchonetes e área comercial.
A questão publicitária e o patrocínio também são considerados no estudo. O concessionário participará nos ganhos das ações promocionais, naming rights (direitos de nome), licencing (licença), mídias alternativas e contratos de exclusividade.
Conforme o levantamento, o gestor poderá ainda, ter receita oriunda da exploração do turismo, com visitas guiadas pela Arena e o Museu do Futebol – ainda a ser implantado -, além de ganhos com a realização de shows artísticos, convenções, reuniões e festas privadas.
“As estimativas tiveram como referência estudos de viabilidade e demonstrativos financeiros de outras arenas com operação semelhante ao Complexo da Arena Pantanal, além das Arenas já em funcionamento”, afirma trecho do estudo.
O documento vai subsidiar o processo de finalização do edital de concessão da Arena, que está em elaboração desde o final da Copa do Mundo, ocorrida em junho passado. A previsão é de que o lançamento do edital esteja concluído em janeiro de 2015, mas cabe ao governador eleito Pedro Taques (PDT) definir se acata a sugestão do Estado em privatizar o complexo ou se irá suspender o processo licitatório.
Outorga
Apesar da receita de exploração do Complexo estar estimada em R$ 35 milhões, a Secopa prevê que o lucro à concessionária seja de R$ 13 milhões. Isso porque as despesas giram em torno de R$ 22 milhões por ano.
A Secopa considera as despesas com o complexo “estacionado”, ou seja, independente da realização de eventos. “A futura concessionária deverá desembolsar aproximadamente R$ 666 milhões de reais ao longo da concessão, equivalente a R$ 22 milhões por ano”, diz estudo.
Estão inclusos nas despesas os gastos com a administração (pessoal, telefone, seguro e materiais de escritório), com Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), manutenção predial e do gramado, além de pagamentos de contratos para fornecimento de água, energia, limpeza e segurança.
Conforme o estudo, a concessionária vencedora da licitação terá sua governança “exercida por meio de um Comitê Consultivo e por comissões criadas para tratar de assuntos específicos relacionados a atividades desenvolvidas no complexo”.
O comitê será formado por dois representantes do Governo, dois da empresa concessionária, um da Prefeitura de Cuiabá, um da Federação Mato-Grossense de Futebol (FMF) e um da sociedade civil organizada.
Arena Pantanal
Até agora, a Arena Pantanal já custou aos cofres públicos aproximadamente R$ 640 milhões. A obra teve início em 2010 com custo previsto de R$ 590 milhões e deveria ser entregue em 2012. No entanto, problemas referentes aos assentos e ao incêndio que atingiu a obra em 2013 protelaram a entrega do estádio, que, até hoje, não foi recebido oficialmente pelo Estado.
Apesar de sediar os jogos da Copa e do Campeonato Brasileiro e partidas dos times regionais, a construtora Mendes Júnior, responsável pela obra, ainda não concluiu os serviços de reestruturação de forros e correções na parte hidráulica.
(Fonte: Midia News)