Das oito empresas que mostraram interesse no edital de licitação da Estação da Lapa, apenas três participaram realmente da concorrência.
Com o nome de Nova Lapa, os grupos Socicam e Participa, ambos de São Paulo, e a construtora baiana Axxo formam o único consórcio que fez proposta, nesta segunda-feira, 20, para reformar e administrar o terminal durante 35 anos.
Apesar do esvaziamento da disputa, o secretário de Urbanismo e Transportes de Salvador, Fábio Mota, sustentou a tese de que a licitação do terminal foi “um sucesso”.
“O objetivo foi alcançado. Conseguimos o consórcio que vai reformar, administrar e arcar com a manutenção da Lapa”, defendeu Mota.
O resultado final do processo licitatório, segundo ele, deve ser divulgado até o dia 28. Para ser confirmado, o consórcio precisa que a documentação apresentada seja aprovada pela Comissão de Licitação da secretaria.
Nesta fase, verifica-se se as exigências do edital foram cumpridas e também se considera a proposta financeira pela operação do terminal. O valor mínimo a ser oferecido foi fixado em R$ 13 milhões.
Cronograma
Após a oficialização da nova administradora da Lapa, a assinatura do contrato deve ocorrer entre 30 e 60 dias.
Segundo o secretário, a partir da assinatura do contrato, a concessionária assume imediatamente a estação, cuja manutenção custa cerca de R$ 350 mil mensais.
O consórcio terá, ainda, 120 dias para apresentar o projeto arquitetônico da reforma do terminal. A ideia – “que deve ser inovadora e arrojada”, como defende Mota – precisa ser aprovada pela prefeitura antes de posta em prática. Esse processo deve ter fim em março de 2015, para dar lugar às obras de requalificação da estação. O prazo estabelecido para o término da intervenção é de um ano.
A doméstica Hermita Santiago, 52 anos, usuária do terminal, afirma que a reforma deve considerar melhora na segurança, na iluminação e conserto das escadas rolantes do local.
“Eu fico aqui com medo. Precisa colocar mais segurança”, reivindicou.
A prefeitura promete uma Lapa totalmente reformulada, com internet sem fio, climatização, organização de vendedores licenciados etc.
Um shopping será erguido na estação pelo consórcio. A permissão para a construção será a contrapartida do município ao investimento feito pelas empresas do projeto.
Aparente recuo
Chamou atenção o fato do grupo Jereissati, do ex-governador do Ceará, Tasso Jereissati, não ter participado, aparentemente, da disputa.
Nos bastidores, a vitória do político era dada como certa. Ele já é o principal investidor da reconstrução do Aeroclube.
(Fonte: A tarde)