Os serviços de requalificação da orla da Ribeira, programada inicialmente para ser concluída em dezembro de 2013, foram retomados esta semana pela prefeitura, mais de um ano após o início da obra.
Segundo o secretário de Infraestrutura de Salvador, Paulo Fontana, o trecho 2 do projeto, na praia de Bogary, será entregue em até 60 dias, “caso não chova”. Se chover, antevê Fontana, esse prazo deverá ser ampliado.
Entre as intervenções feitas no local estão a reestruturação dos passeios e das rampas de acesso para deficientes, a instalação de ciclovias e colocação de pisos intertravados semelhantes aos da Barra.
Já no trecho 3 – da praia de Bogary até a praça Divina -, uma vala está sendo construída sob o chão, para abrigar mil metros de fiação. No trecho 4 (após a praça Divina), uma quadra poliesportiva será instalada para uso da comunidade.
Conforme Fontana, a ausência desta vala no projeto original, “feito na gestão anterior”, causou a interrupção da obra. “Aqueles postes provocavam uma poluição visual muito grande, então tivemos que fazer outra licitação, para incluir a construção desta vala no projeto”, explica.
Além disso, a empresa que executava o serviço teve o contrato cancelado pela prefeitura, por conta do atraso no cumprimento dos prazos.
Atrasos
Atualmente, a gestão municipal prevê que a nova orla da Ribeira será entregue até o final do ano, totalizando R$ 8 milhões em investimentos.
Esta já é a quarta previsão de conclusão divulgada pelo município. Iniciada em 5 de julho de 2013, a intervenção deveria ser finalizada até dezembro do ano passado.
Em seguida, a prefeitura informou que a obra seria finalizada em janeiro deste ano. Depois, foi adiada para junho deste ano, e, agora, para dezembro, visando o verão.
Enquanto isso, moradores e comerciantes da região reclamam dos transtornos. Segundo Maria Aderalra, 58 anos, proprietária de um restaurante na praia de Bogary, o prejuízo tem sido grande para quem depende da circulação de pessoas no local.
“Os clientes não vêm, não passa ninguém aqui. Sofre, principalmente, quem paga aluguel, como eu, e precisa do lucro para se sustentar”, lamenta a microempresária.
O garçom e morador da Ribeira Ailton Bispo, 54, destaca a lentidão da obra. Conforme Ailton, muitos restaurantes fecharam as portas nesse período pelo qual a requalificação se arrasta.
Ambulantes também estão prejudicados, relata o garçom, por causa da redução no número de visitantes. Entretanto, Ailton aposta na valorização da área após o fim da intervenção. “Parece que agora vai andar. Espero que traga coisas positivas e valorize a região”, almeja.
Sobre os atrasos, o secretário de Infraestrutura, Paulo Fontana, garantiu que os trabalhos não serão interrompidos novamente.
(Fonte: A Tarde)